
Nos próximos dias, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza deve apresentar a denuncia do Mensalão Tucano, que ocorreu em 1998 em Minas Gerais e serviu como base para o Mensalão, cuja denuncia, também feita pelo procurador, foi acolhida no mês passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações sobre o esquema mineiro foram iniciadas pela Polícia Federal (PF) por ordem do STF e se basearam em cópias de operações bancárias vazadas em 2005, juntamente com uma lista de beneficiários do esquema, pelo lobista Nilton Monteiro.
A denuncia a ser apresentada pelo procurador se baseará no inquérito da PF e conta com algumas figurinhas carimbadas como, por exemplo, o publicitário Duda Mendonça e o empresário Marcos Valério. O senador Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, será apresentado na denúncia como o mentor e principal beneficiário do esquema de arrecadação ilegal de recursos nas eleições de 1998, quando disputou a reeleição ao governo mineiro contra Itamar Franco.
Segundo o relatório da PF, a coligação de Azeredo, que tinha como vice o ex-deputado Clésio Andrade, do ex-PFL, promoveu através do esquema um derrame de dinheiro ilegal na campanha de mais de R$ 100 milhões. Na época, Azeredo declarou apenas R$ 8,5 milhões à Justiça Eleitoral.
Do montante total movimentado pelo esquema, a perícia indicou que a maior parte do dinheiro veio dos cofres públicos de Minas, tanto da administração direta como indireta, sobretudo de cinco estatais: Copasa, Bemge, Cemig e Fundação Duprat. O restante foi doado clandestinamente por grandes empresas prestadoras de serviço do Estado, principalmente empreiteiras.
Segundo a perícia, do montante total movimentado no Tucanoduto, pelo menos R$ 28,5 milhões estavam escorados em empréstimos de fachada feitos por Marcos Valério, o operador do esquema, através dos bancos Rural, Cidade e de Crédito Nacional. Juntas, somente as operações com o Banco Rural somaram R$ 21,06 milhões.
A denúncia do procurador, que deve ficar pronta por volta do dia 30, deve incluir os crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, crimes financeiros e crimes eleitorais.
com informacoes garimpadas da Folha, Estadao, Globo, Terra, UOL, entre outros. A capa da Veja veio do Oni Presente.
2 comentários:
parabéns pelo blog !
é extremamente importante expormos noticias que acabam sendo eliminadas no filtro partidarizado da mídia !
escrevi um artigo sobre a mídia e o poder da internet
procuro parcerias de blog, para que a informação se expanda o amximo possivel ....
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Acredito quando voce fala que se baseou em informações garimpadas! Deve ter sido dificil mesmo encontrar alguma oisa nessa nossa midia tendenciosa!
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