A desigualdade social atingiu o menor nível desde o Censo realizado em 1960. Essa é uma das conclusões destacadas de uma pesquisa inédita produzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com pesquisadores do International Poverty Centre, da Organização das Nações Unidas (ONU), a pesquisa se chama Crescimento Pró-Pobre: O Paradoxo Brasileiro e foi divulgada nesta quinta-feira (07).
A pesquisa aponta que, em 2004, a renda média do brasileiro cresceu 3,6%, enquanto a renda dos mais pobres chegou a crescer 14,1%.
A distribuição de renda no governo Lula cresceu quatro vezes mais que nas duas gestões anteriores. De 2002 a 2006, a renda recebida pelos 50% mais pobres cresceu 0,53% ao ano. De 1993 a 2002, o crescimento foi de apenas 0,12% anual.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de medir o impacto do aumento do salário mínimo e dos recursos do Bolsa-Família sobre a desigualdade social. As projeções mostram que a participação dos 50% mais pobres na renda nacional aumentará de 14,3% para 15,1% entre 2005 e 2006.
Em 1993, a parcela menos privilegiada da população possuía apenas 12,1% da renda, percentual que diminuiu ainda mais nos anos seguintes, chegando a somente 11,9% em 1996.
"Verificamos que houve aceleração muito significativa na distribuição de renda", afirmou o presidente do BNDES, Demian Fiocca.
A pesquisa elaborada pela equipe de assessoria econômica do banco não considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) -projetado para 4,5% neste ano- e o aumento do emprego formal. Os dois fatores deverão potencializar o salto na distribuição de renda, de acordo com Fiocca.
"Há um entendimento de que o País precisa de políticas públicas específicas para a população mais pobre", disse, referindo-se ao aumento do Orçamento para o programa de transferência de renda, o Bolsa-Família, R$ 6,5 bilhão e o reajuste do salário mínimo, de R$ 300,00 para R$ 350,00.
FONTE: Investnews, Bondenews, O Globo e Agência Brasil
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