Fernando Soares Campos, maio de 2006.

Entretanto o ódio e o desespero expressos pela oposição, através da mesquinhez de palavras, gestos e ações contra o governo Lula, são perfeitamente compreensíveis. Incompreensível, para esses políticos intoxicados pelo próprio veneno, é o carinho que o povo tem dedicado ao presidente, mesmo depois do massacre midiático. Eles ainda não entenderam por que o povo não sucumbiu aos apelos da mídia-empresa.
Nos primeiros momentos da deflagração do plano golpista, entre julho e outubro de 2005, quem usava os transportes coletivos, freqüentava filas de bancos, de hospitais, de caixas de supermercado, entre tantas outras, podia ouvir ou participar de discretas discussões sobre as acusações bombásticas que os meios de comunicação de massa alardeavam sobre as declarações do ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou um suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base de apoio ao governo. Além dos telejornais, o assunto passou a ocupar espaço nos programas religiosos, esportivos e culturais. Jornais e revistas trataram do assunto até nas seções de óbito, mas principalmente nas páginas policiais. A classe média não dormia sem as últimas do dia: as galhofas do showman Jô Soares. As tribunas do Congresso foram transformadas em palanques e as salas da CPMIs em auditório de tevê. Vivemos hoje os últimos episódios desse deprimente espetáculo macarthista, onde figurinhas como ACM Neto e Rodriguinho Maia realizaram seus ritos de passagem, consagrando-se legítimos herdeiros e porta-vozes da nova leva de políticos representantes das oligarquias que há 500 anos mantinham o controle do poder institucional.
Por que a popularidade do presidente Lula balança, mas não cai?
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