O IBGE divulgou os resultados da produção industrial brasileira para janeiro de 2006. Segundo o instituto, foi verificado um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que representa o quarto resultado positivo consecutivo para esse índice.
A comparação janeiro 2006/janeiro 2005 mostrou ainda aumentos de produção na indústria extrativa (12,8%) influenciada positivamente pelos itens minérios de ferro e petróleo, exercendo a liderança na formação da taxa global. Na indústria de transformação (2,7%), dezenove dos vinte e seis ramos pesquisados apresentaram crescimento. Entre eles, destacaram-se as indústrias de máquinas para escritório e equipamentos de informática (77,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (21,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (14,3%) e metalurgia básica (5,4%). Nesses setores, sobressaíram principalmente os itens: computadores; transformadores; televisores; e lingotes, blocos e tarugos de aços especiais. Entre os sete ramos com queda, o principal destaque foi edição e impressão (-13,8%).
Para o total da indústria, frente ao índice do quarto trimestre do ano passado (1,3%), o resultado de janeiro mostrou ritmo mais acelerado (3,2%). Esse movimento também está presente em vinte e dois dos ramos pesquisados. Por categorias de uso, o ganho de ritmo foi mais intenso em bens de consumo duráveis, que após acréscimo de 4,9% no último trimestre de 2005, registrou taxa de 18,4% em janeiro. Nesse desempenho destacou-se, sobretudo, o aumento no ritmo de produção de automóveis, que passou de 11,7% no quarto trimestre de 2005, para 21,1%, em janeiro, de eletrodomésticos (de -6,4% para 18,9%) e de celulares (de 7,9% para 14,0%). Em bens de capital o acréscimo passou de 4,2% para 6,8%, enquanto bens intermediários saiu de uma queda de 0,2% para um crescimento de 2,9%. A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi a única que perdeu ritmo nos períodos em comparação: de 2,1% no quarto trimestre de 2005 para 0,2% em janeiro deste ano, impactada unicamente pelo recuo no subsetor de outros bens não duráveis (de 7,8% para -2,5%), sob a influência de itens produzidos pelas indústrias de edição e impressão e farmacêutica.
Em síntese, a performance industrial no início de 2006 sugere uma certa acomodação no ritmo de atividade, expressa na queda de 1,3% na comparação janeiro/dezembro, após três meses em que o setor acumulou aumento de 3,6%. Com isso, a tendência do índice de média móvel trimestral permanece positiva, não só no total da indústria como nas quatro categorias de uso.
Dados do IBGE.
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