A homenagem ao ex-governador Mário Covas, que era para ser uma demonstração de unidade do PSDB, evidenciou um clima tenso e em pé de guerra dentro do partido, devido à disputa entre o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulistano, José Serra, para ver quem concorrerá à Presidência.
O cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, que promoveu a solenidade apesar do seu caráter claramente partidário e eleitoreiro, esqueceu de citar o nome de José Serra. Em compensação, Serra não participou das solenidades que tiveram início pela manhã, com uma missa em Santos, terra natal de Covas.
Sem Serra, o culto religioso na igreja de Santo Antonio do Valongo transformou-se em evento de campanha de Alckmin, que nega ser membro da organização Opus Dei, da direita fundamentalista da igreja católica. O padre Antonio Maria, na homilia, pediu que Deus abençoasse o governador, que compareceu ao lado da viúva de Covas, dona Lila.
Em seguida, na inauguração da Ala Mário Covas do hospital Guilherme Álvaro, Lila Covas "alckimizou" ainda mais a solenidade. “Este centro tem o nome de Mário Covas, mas eu queria que tivesse o nome de Alckmin (...). Eu defendo com toda força que ele seja nosso próximo presidente”, disse a viúva do homenageado.
Pela hora do almoço, o episódio mais revelador: Tasso, que estava escalado para falar logo antes de FHC, na solenidade noturna no Palácio dos Bandeirantes, pensou melhor e pegou um avião para Brasília. Ao desembarcar, o senador cearense falou à imprensa e apresentou, com bom-humor um tanto ácido, um novo roteiro para a escolha do candidato presidencial tucano.
Até ontem, o processo estava confiado à "Santíssima Trindade", ou "Triunvirato", formado pelo próprio Tasso, FHC e o governador de Minas, Aécio Neves (que, mineiramente, decinou de comparecer às solenidades em São Paulo). Agora, segundo Tasso, o entendimento será entre os contendores. Os dois têm até o dia 12 (domingo que vem) para decidir.
Esse texto é um resumo, leia na íntegra aqui.
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