Segundo relatos de colegas de faculdade e políticos, Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência, nunca teve uma postura de oposição à ditadura. Tanto que, em carta endereçada ao então presidente Emílio Garrastazu Médici, datada de 5 de novembro de 1973, ele rasga seda descaradamente para o que considerava “sensibilidade” social do regime.
“Justa seria a providência do 3º Governo Revolucionário em favor dos funcionários civis e militares de todo o Brasil, nos âmbitos federal, estadual e municipal, em mais um ato do ínclito Presidente Médici, que tem se mostrado sensível aos problemas sociais, trabalhistas e previdenciários dos que trabalham para a grandeza do Brasil”, escreveu Geraldo Alckmin, na carta a Médici.
Na época em que o candidato do PSDB se derretia em elogios a Médici, o país vivia os anos mais negros da ditadura, marcado pelas prisões, sequestros e assassinatos de lideranças democráticas. Alckmin exercia então seu primeiro mandato de vereador em Pindamonhangaba, aos 19 anos de idade.
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