quarta-feira, abril 26, 2006

Veja criminaliza movimento social

Em um momento que se deveria exigir a punição dos culpados por uma das mais vergonhosas passagens da história do Brasil, o massacre de Eldorado dos Carajás, a revista Veja prefere mais uma vez criminalizar os movimentos sociais. Seguem alguns trechos da reportagem publicada pela revista na última semana, onde, entre outros absurdos, afirma que a Reforma Agrária não faz mais sentido na realidade brasileira. Sendo o Brasil o país com uma das maiores concentrações fundiárias do Mundo, senão a maior, fica a pergunta: Uma Reforma Agrária faria sentido onde então? Ainda segundo a revista, o fato do governo repassar recursos e nogociar com o movimento, significa que apoia a bandidagem (!).

Trechos da Reportagem publicada na edição 1953.

O MST nasceu em 1984 como um movimento social destinado a lutar pela reforma agrária – uma causa da segunda metade do século passado que já não faz mais sentido na realidade brasileira. A bandeira anacrônica, no entanto, nunca passou de pretexto para as verdadeiras motivações de seus líderes: a "revolução socialista". Como socialismo e banditismo são duas faces da mesma moeda, o primeiro justificando o segundo, deu no que deu.
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O MST também se beneficia de uma ingenuidade: o ideário politicamente correto que, espargido entre a classe média por professores universitários esquerdistas, camufla perante uma parte da opinião pública a sua verdadeira essência – a de organização criminosa – com a aparência de um movimento que defende a justiça social.

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Desde 1992, o governo faz repasses ao movimento por meio de cooperativas associadas a ele (já que, do ponto de vista da existência jurídica, o MST é uma entidade fantasma). Em tese, o dinheiro serviria para ensinar técnicas de agricultura aos sem-terra e alfabetizar seus filhos. Na prática, vem sendo usado para a única atividade comprovadamente desenvolvida por seus militantes: a invasão e a destruição da propriedade alheia.
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os
facínoras chefiados por João Pedro Stedile continuam a ser adubados com patrocínio estatal. (...)
Tudo somado, isso significa, em bom português, que a administração petista apóia e financia a bandidagem.

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