“É uma conclusão oposta à de análises anteriores, incluindo uma da própria PF, realizadas sobre cópia xerox da lista que circulou na internet no início do ano e motivou a abertura do inquérito policial”, prossegue a revista.
Por que a imprensa não deu?
A reportagem recorda que, “à época, os laudos, apesar de evitarem conclusões definitivas, indicaram fortes indícios de montagem e a possibilidade de a assinatura do diretor de Furnas não passar de falsificação de boa qualidade. Foi o suficiente para políticos citados na lista, a maioria do PSDB e do PFL, apontarem uma armação da base governista para desviar o foco das denúncias que atingiam o PT e a administração Lula”, afirma.
A revista de Mino Carta estranha que os indícios de fraude na xerox ganharam as manchetes da imprensa, mas, “inexplicavelmente, a existência da nova análise, desta vez realizada sobre o que parece ser o original, não mereceu mais do que registros imperceptíveis em pés de páginas”.
Monteiro entregou o original da "Lista de Furnas” ao delegado federal Praxíteles Praxedes em 5 de maio. Com cinco páginas, o documento relaciona 156 políticos que teriam se beneficiado de caixa dois. O dinheiro movimentado, R$ 40 milhões, seria aplicado na campanha eleitoral de 2002. As maiores somas, sempre conforme a “Lista”, teriam sido para José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves, na época candidatos do PSDB à Presidência da República e governos de São Paulo e Minas, respectivamente.
Hipóteses em aberto
Para Carta Capital, “o fato de o documento não ter indícios de fraudes não significa que o conteúdo seja total ou mesmo parcialmente verdadeiro. Uma das hipóteses é que tenha servido de instrumento de chantagem. Dimas Toledo volta a ser o principal suspeito.” Na versão de Monteiro, Toledo teria confeccionado a lista em 2005 “como último recurso para se manter em Furnas”, onde permanecera no governo Lula.
A reportagem cita um texto enviado à revista por Rogério Marcolini, advogado de Toledo, em 14 de maio: “Não posso deixar de manifestar estranheza com o súbito aparecimento de documento, cuja apresentação vinha há muito sendo cobrada do senhor Nilton Monteiro, que mais de uma vez negou tê-lo em sua posse”, diz o advogado.
Também comparece no texto o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que afirmou ter recebido de Dimas Toledo R$ 75 mil para a campanha de 2002. Jefferson, porém, acha que as investigações da PF não darão em nada. “Uma lista com 156 próceres da República recebendo recursos de caixa dois na mão da polícia é a plena garantia de que o inquérito vai ser arquivado”, garante.
Com informações da Carta Capital
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Um comentário:
Afinal, essa tal de lista de Furnas é ou não é atêntica?
Até agora muito de falou da tal lista, mas, ao que parece, as investigações estão estagnadas como, aliás, todas as acusações contra essa oposição larápia, que passa a imagem de pureza, acobertada pela mídia hipócrita e parcial.
Sendo assim, como é que o povo vai saber das suas maracutaias?
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