E agora José? Tudo leva a crer que a tal lista é verdadeira... por listas e denúncias muito menos "verificadas" muita coisa já aconteceu até agora. Segue texto completo, publicado pela agência Informes, com informações da Folha de São Paulo:
Cartórios confirmam autenticidade da lista de Furnas
A assinatura do ex-presidente e ex-diretor de Furnas Dimas Fabiano Toledo foi reconhecida por semelhança pelo 15º Ofício de Notas, no Rio, no documento intitulado "lista de Furnas", também autenticado em comparação com o original pelo 4º Ofício de Notas do Rio.
A lista traz o nome de 156 políticos - a maioria (82) do PSDB e do PFL - que teriam recebido repasses da ordem de R$ 40 milhões nas eleições de 2002. Entre os supostos beneficiados estão os tucanos José Serra, prefeito paulistano; Geraldo Alckmin, governador de São Paulo; e Aécio Neves, governador de Minas Gerais.
Há também os nomes de parlamentares que hoje integram a CPMI dos Correios e o Conselho de Ética da Câmara. Os políticos citados faziam parte, à época, da base de sustentação do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Luiz Melo Serra, juiz-auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça, o reconhecimento de firma por cartório significa que, a princípio, a assinatura pertence a Dimas Toledo.
Os dois cartórios confirmaram ao jornal Folha de S.Paulo ter ratificado o documento, que está sob investigação da Polícia Federal. Dimas Toledo nega ter assinado a lista.
Segundo o 15º Ofício, o delegado federal Pedro Alves Ribeiro esteve lá nesta semana para atestar se o selo IOI 056609 e a etiqueta de reconhecimento de firma haviam sido expedidas pelo cartório ou eram falsificadas. Foram emitidas em 5 de agosto de 2005.
A PF também enviou representante, ao lado de funcionário da Receita Federal, ao 4º Ofício, com objetivo semelhante. O escrevente Fábio Guimarães Belo usou os selos da série DQO 51836 a 51840 para autenticar cinco páginas do documento no dia 22 de setembro do ano passado, confirmou o cartório. Furnas foi cliente mensalista do cartório, informou o tabelião Hamilton Barros.
Os cartórios dizem só autenticar e reconhecer firmas de documentos originais, procedimento que dizem ter repetido neste caso. Não é avaliado o conteúdo do documento nem guardada cópia. O reconhecimento da assinatura de Dimas se deu pelo processo de "semelhança", não pelo de "autenticidade", que exige a presença do signatário. Neste caso, qualquer pessoa pode ter levado os papéis. O ex-dirigente de Furnas tem firma em ambos os cartórios.
Os escreventes explicaram que quando há dúvida sobre a firma consultam outros colegas. A verificação é feita em tela de computador, onde o cartão com duas assinaturas está digitalizado. Uma operação como essa custa R$ 3,88.
"Não reconhecemos cópia, nem entramos no mérito de documento", explica o assessor jurídico do 4º, Antonio Pereira Leitão. O tabelião Hamilton Barros informou que procede da mesma forma. Para evitar fraudes, ele conta que oferece aos clientes até o serviço de fotocópia gratuito no cartório.
O juiz-auxiliar da Corregedoria Luiz Melo Serra informou que vai fazer uma "averiguação interna" para identificar eventuais falhas cartorárias. Ele diz, porém, que os dois cartórios são "muito grandes, têm pessoal qualificado e notórios ciosos de suas atividades".
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