A Polícia Federal obteve, no início desta semana, uma nova cópia da chamada "lista de Furnas" com autenticações originais que reforçam a tese de que a relação, que tem provocado a ira da oposição ao governo Lula, seja verdadeira. Fontes ligadas à apuração revelaram à agência inglesa de notícias Reuters, nesta terça-feira, ter conseguido uma cópia da relação com selos originais do Cartório de Quarto Ofício de Notas do Rio.
Até então, a PF trabalhava sobre uma fotocópia do documento, que impedia uma análise aprofundada de seu conteúdo. A nova prova, que está anexada ao inquérito que apura irregularidades em Furnas, confirmaria que a cópia em poder da PF foi feita a partir de uma versão original. O documento traz os nomes de 156 políticos da base aliada do então presidente Fernando Henrique Cardoso, principalmente do PSDB e PFL, que teriam se beneficiado de um suposto esquema de financiamento irregular de campanhas montado a partir de Furnas, em 2002.
No documento, de acordo com a mesma fonte da agência, constam os selos holográficos e as assinaturas de servidores do cartório responsáveis por atribuir-lhe fidelidade. Em depoimento à PF na semana passada, o tabelião Hamilton Barros e o escrivão Fábio Dello, funcionários do cartório do Rio, afirmaram ter dado o aval ao documento com base na apresentação do original.
Eles alegaram aos policiais, conforme seus depoimentos, ter conhecimento suficiente para não serem induzidos ao erro. Na mais recente versão da lista consta de forma mais legível a assinatura do ex-diretor de Furnas Dimas Fabiano Toledo, a quem a autoria do documento é atribuída. Em depoimento à PF na quinta-feira, no Rio, ele voltou a negar qualquer participação em sua elaboração e disse que a lista seria uma fraude. Toledo tem depoimento marcado na CPI dos Correios na quarta-feira.
Leia a íntegra da reportagem no Correio do Brasil.
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